segunda-feira, 26 de julho de 2010

Fragmentos

Desiludido às vezes me vejo caminhando só…
Colhendo no amanhecer…
As flores orvalhadas do campo…
Pra ofertar a quem não sei....
Talvez a mim mesmo!

Nesta ilusão cega…
De um olhar magoado…
Num canto de espera…
Onde te silenciaste agora…
Não sendo diferente do que sempre foi...
Silêncio!

Carrego comigo as lágrimas…
E a minha madrugada…
Com as noites que passei acordado…
Na dor calada deste coração…
Sempre aflito e magoado!

Sem poder chorar…
Engoli meu pranto…
Com a certeza, plena certeza de você…
Não mais me amar…
E sempre fingir a me amar!

Eu estando cego, você usou tua astúcia…
Pra zombar do meu amar…
Deixou-se levar cobrando-me…
Algo que na hora eu não pude dar…
E que agora não quero dar!

Levou contigo…
Minha ilusão…
Aquilo que talvez eu achasse ser sonho…
Deixando a mim só…
Com uma certa tristeza no olhar…
Fragmentos de minha alma!

E porque são fragmentos...
De nada valem...
Deles nada se pode esperar...
Onde nada se pode construir!
Pois não passam de fragmentos...
fragmentos...
fragmentos...
fragmentos...

Fredd Fonseca

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